quinta-feira, 31 de maio de 2012

The Chosen ones (Gary Cahill)

Gary Cahill é um central relativamente jovem (nasceu em 1985 em Sheffield), que já merecia claramente uma oportunidade de jogar numa equipa mais equivalente com a sua qualidade do que o Bolton Wanderers.
O jogador começou a carreira no AFC Dronfield  (equipa amadora), mas haveria de receber convites de clubes como o Derby County, Sheffield Wednesday, Barnsley e Aston Villa, chegando a assinar com os últimos. Contudo, a sua carreira profissional começaria no Burnley na temporada de 2004/05 a título de empréstimo (27 jogos, 1 golo), voltando aos Villans para se estrear com a camisola grená numa pesada derrota por 5-0 contra o Arsenal em Abril de 2006 (jogaria apenas 7 jogos esse ano). Na época seguinte, consegue agarrar um lugar no eixo defensivo dos Lions a meio da época, jogando desde a jornada 11 até à 31, conseguindo com isso a convocatória para o Europeu de sub-21 em 2007 (onde relembro Inglaterra chegou a final). Fica aqui o vídeo de um dos grandes golos de Cahill ao serviço dos Villans (http://www.youtube.com/watch?v=u7i4c_vXV8U&feature=related).
Em 2007/08 é emprestado 3 meses ao Sheffield United, onde os 2 golos em 16 jogos e um punhado de boas prestações, levaram o Bolton a avançar para a aquisição do seu passe por 5 milhões de libras, e logo se assumiu como um esteio da defesa Trotter. Actua 14 jogos ainda em 2008, 33 na temporada seguinte (3 golos), 29 em 09/10 (5 golos), 33 em 10/11 (3 golos, com um bis ao Villa, sua antiga equipa) e mais 21 na presente época (com mais 2 golos) antes de se transferir! É de facto um percurso de grande sucesso no Reebok Stadium, que merecia, sem duvida alguma, a transferência para um “grande” de Inglaterra, como haveria de acontecer em Janeiro, com Villas-Boas a pedir a sua contratação e com os Blues a pagarem 7 milhões de libras para contar com os seus serviços.

Cahill, já com a camisola Blue, participa em mais 19 encontros (mais 2 golos no reportório), conseguindo arrecadar uma Taça de Inglaterra e uma Liga dos Campeões como títulos colectivos, que foi sem dúvida o principal motivo que levou a que trocasse de clube.
Como já referi, Gary Cahill foi chamado por Stuart Pearce para a seleção de sub-21 em 2007, sendo que em 2009 é chamado pela primeira vez aos trabalhos dos Three Lions, mas só se estreia em 2010 contra a Bulgária. Num total de 8 internacionalizações conta já com 2 golos.

Pode ver-se que é claramente um central goleador, com um sentido de posicionamento bastante apurado, encontrando na sua leitura de jogo, poder de impulsão e velocidade (considero-o um falso lento) as suas principais virtudes. Penso que peca muito por aos 26 anos, ainda não ter a experiencia internacional que um jogador da sua valia já deveria ter, mas é sem dúvida um defesa com uma técnica razoável, ideal para jogar ao lado dum central mais fixo e mais dado à marcação.


10 comentários:

  1. E a saga continua. Mais uma vez, grande texto Mendonce.

    Confesso que sempre vi este gajo como um bom central mas nada de mais. Confesso ainda que mesmo depois de o ter visto jogar várias vezes - a esmagadora maioria no Bolton - não o achava com categoria para um Chelsea e seleção. Confesso que me surpreendeu nos Blues. Vai seguramente formar dupla com o JT. E que dupla arrisco-me a dizer!

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  2. Confesso que a expressão "falso lento" me confundiu um pouco :P

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    1. Meu amigo, um falso lento na minha perspectiva é um jogador que aparenta ser duro de rins e ter pouca velocidade, mas consegue ter velocidade para acompanhar qualquer avançado, por mais veloz que ele seja

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  3. Este homem lesionou-se e vai ser substituído pelo Martin Kelly lol. João Mendonce, prepara aí outra rúbrica

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    1. Eu vou esperar que o Euro comece para fazer o resto da rúbrica!é que isto assim nao dá

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    2. Já chega também, já foram dois renegados, não vão aparecer lesões todos os dias lol

      Carrega aí João Mendonce!

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    3. Parece que o Theo também já teve para ir com os cucos! Mas aproveito para acrescentar que não sei o que é que o Roy tem contra o Micah Richards....

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    4. Também não percebi essa. A Englândia nunca conseguirá ir para um Euro/Mundial sem casos mal resolvidos como esse do Richards ou o do Ferdinand. Há sempre barraco lá

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  4. passamos de um estado de "calamity james" para "calamity England". De facto, não entendo esses casos e é triste ver jogadores desse calibre serem preteridos por um zé côdeas qualquer... Perdoem-me a expressão

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