Antes de mais gostava de aqui lembrar que antes de esta época começar defendi que com este plantel e com este treinador o City era candidato ao título. Nunca fui muito à bola com o Mancini mas a meio da época passada mudei de opinião. Acho-o, acima de tudo, um homem inteligente taticamente e com boa capacidade de gerir recursos humanos. É sem dúvida um homem com carácter e pulso forte, mas isso não interessa para o caso.
Não vi a primeira parte mas vi, no mínimo, meia hora da segunda parte do jogo do City contra os Baggies. Na minha opinião o City estava a perder o jogo no meio-campo, a bola não estava a chegar à frente, à zona de decisão, em condições. Não raras vezes o Silva e o Aguero recuavam um pouco para tentar pegar no jogo, mas não estava fácil, a bola não chegava em condições e as oportunidades de golo não surgiam do nada, como habitualmente. Milner e Nasri, nas alas, também não lateralizava o jogo. Ao tirar o Aguero e colocar o Johnson o Roberto tentou, além de ganhar largura no terreno e expandir o jogo para zonas menos povoadas, colocar alguém que pudesse fazer a diferença mais atrás e colocar a bola jogável para alguém lá na frente marcar. Acho que foi uma substituição inteligente. Quem pensa o jogo de uma forma diferente do Roberto Mancini e eu fico chateado sempre que ele o demonstra é o Jorge Jesus. Não raras vezes, no ano passado, quando o Benfica estava a perder, o homem colocava em campo simultaneamente Cardozo, Saviola, Kardec e Jara. E eu pergunto: quem é que lhes vai criar oportunidades? OK, não foi este o caso do City no último jogo e tenho a certeza que o Mendonça não concorda com esta abordagem do JJ, mas creio que o Mancini foi inteligente. Resultados práticos não houve, o jogo terminou empatado, mas no lugar do Mancini eu eventualmente teria feito o mesmo, isto é, tinha tentado ganhar o jogo com uma substituição ofensiva ao tirar um avançado e colocar um extremo. Sim, uma substituição ofensiva, que visava aumentar o poder ofensivo da equipa e desbloquear empate.
António Joaquim Oliveira
Caro antónio, concordo com a maioria do que dizes neste post! Eu não vi o jogo, logo não podia ter visto o que tu viste e muito bem denuncias-te aqui, contudo não posso concordar com a tua abordagem na medida em que se Mancini queria ganhar largura no terreno não é com uma substituição aos 58 min quando tira o Nasri e mete o Gareth Barry que o vai conseguir! Como te disse não vi o jogo, não sei o porque das substituições, todavia acho-as um bocado incongruentes e colocar o Dzeko em campo para jogar apenas 9 min está, no meu ponto de vista muito errado! Além disso, se o objectivo era alargar o jogo para encontrar espaços quem deveria ter saído seria o Balotelli que é um avançado mais estático do que o Kun! Não sei se tens visto os jogos do City mas o Aguero não para quieto e é bastante rápido! Por isso, talvez o melhor teria sido o Mancini tirar o Balotelli e por o Adam Jonhson e ao mesmo tempo colocar logo o Dzeko já que apenas faltavam 17 min para acabar o jogo! Assim tinha ganho presença na área com o Edin e Kun, largura com o Silva e o Jonhson nas alas com o Kun a ajudar, e não precisava de 4 defesas mais 2 médios de contenção como o Barry e Touré contra uma equipa que (mais uma vez repito não vi o jogo, não sei se tou a dizer asneiras) "defendia com 11 jogadores" segundo mencionou Mancini!
ResponderEliminarNão sei se concordas Quim, mas é assim que eu faria se fosse treinador duma equipa com aspirações como o City!!
Se o Mancini disse isso então mentiu, eu vi o jogo e não foi nada assim. Aliás, ele meteu o Barry porque estava a perder o meio-campo e o WBA estava a criar lances de perigo. Mesmo sem veres o jogo, consegues perceber que há alguma incoerência entre o que ele disse e o que fez durante o jogo. Mas concordo contigo quanto ao Dzeko, ele devia ter entrado bem mais cedo.
ResponderEliminarque delicia de post e de comentários :D
ResponderEliminar